A pandemia obrigou escolas a se adaptarem rapidamente ao ensino remoto. No entanto, essa adequação foi muito mais dramática àquelas instituições que ainda não haviam incluído o ensino híbrido ao seu projeto educacional.
Ainda assim, passados os primeiros e grandes impactos ocasionados por essa situação, sem precedentes no mundo, as escolas começaram a enxergar as possibilidades que o ensino remoto oportuniza à educação.
A dinâmica, mesmo que ainda incipiente, do ambiente presencial no mundo digital, permitiu aos estudantes, pais, professores e gestores educacionais se aproximarem e se fortalecerem na complexidade do momento. Assim, o contato humano teve sua importância reforçada e mostrou-se indispensável.
Além disso, competências, habilidades e atitudes foram desenvolvidas ou aperfeiçoadas em todos os personagens envolvidos na relação entre educadores e aprendizes, tal como, estas pessoas também passaram por mudanças em seus papéis na educação. Tudo isso vai permear o que ainda está por vir.
Por outro lado, ficou claro que a educação como é hoje precisa ser urgentemente repensada – e este é um tema debatido há anos pelas escolas mais inovadoras – e que existem processos que podem ser digitalizados.
Portanto, se o ensino remoto já dava sinais de sua importância há anos, agora ele é mandatório. Desenvolver parcerias que fortaleçam o ensino-aprendizagem na modalidade híbrida é fator indispensável para que esse modelo não se torne um simples depósito de conteúdo. Além, é claro, de se mostrar um potente aporte pedagógico a ser utilizado para esta e as próximas gerações.
COMO DEVE SER O ENSINO REMOTO NAS ESCOLAS
O ensino remoto nas modalidades infantil e fundamental – anos iniciais – ainda era pouco praticada antes da maior pandemia da história recente. Já nos anos finais do ensino fundamental e no médio, a modalidade híbrida já dava sinais de sua importância, mas, ainda assim, levaria tempo para fixar seu espaço nas escolas.
Esses planos foram abruptamente antecipados e, agora, estudantes de todas as idades assistem às aulas apenas diante da tela do computador, em seus smartphones ou tablets, em uma realidade que não era imaginada nem pelas escolas mais tecnológicas do planeta.
E já que é este o cenário que se apresenta, o que se tem de fazer com o ensino remoto é garantir, minimamente, uma rotina aos estudantes, da mesma forma que eles encontram com as aulas presenciais. Do lado da escola, é necessário que os objetivos de aprendizagem estejam bem delineados, mesmo que tenha de haver uma redefinição das expectativas da aprendizagem.
Em 2017, antes de toda a pandemia, José Moran já nos provocava no texto “Metodologias ativas e modelos híbridos na educação” sobre uma educação a distância diferente dos modelos tradicionais visto nas aulas presenciais. Para ele:
“A chamada educação a distância precisa sair dos modelos conteudistas e incorporar todas as possibilidades que as tecnologias digitais trazem: a flexibilidade, o compartilhamento, ver-nos e ouvir-nos com facilidade, desenvolvimento de projetos em grupo e individualmente, visualização do percurso de cada um, possibilidade de criar itinerários mais personalizados. Precisa incorporar também todas as formas de aprendizagem ativa que ajudam os alunos a desenvolver as competências cognitivas e socioemocionais. Mais que educação a distância podemos falar de educação flexível, online.”
Dessa forma, se faz necessária uma transformação na qual os docentes devem permanecer comprometidos com o desenvolvimento dos estudantes e será necessária uma preparação diferente, mais voltada à utilização das tecnologias e recursos disponíveis como instrumento pedagógico, para que as aulas não reproduzam apenas o presencial, mas que tire proveito do formato digital atuando no desenvolvimento das competências e habilidades.
Como têm letramento tecnológico, os estudantes não terão dificuldades com os recursos que lhes serão apresentados. No entanto, cabe à escola a criação de estratégias para deixá-los ativos, engajar e garantir retenção e captação de alunos; com meios que permitam a eles entenderem o seu lugar como protagonistas no seu desenvolvimento e como agentes criadores de soluções para si e para os outros.
A aprendizagem ativa e a sala de aula invertida, ambas baseadas no estímulo do aluno a “aprender a aprender” e a se instrumentalizar para a busca de conhecimentos, ganham força com o ensino remoto. Os estudantes também terão possibilidade de aplicar suas habilidades e conhecimentos tácitos que, muitas vezes, ficam escondidos, porque eles não são estimulados a experimentar e a se expressar de forma autônoma.
E os pais e responsáveis pelos estudantes?
A participação da família ganha outra perspectiva com a EaD e a escola precisa envolvê-los nesta modalidade de aprendizagem, orientando pais e responsáveis quanto ao importante papel que vão desempenhar.
Será necessário ajudá-los no planejamento, para serem capazes de acondicionar as mudanças no dia a dia e não sobrecarregar um ou outro membro da casa. Assim, foram destacados alguns pontos para dar suporte aos pais nesta jornada.
Mesmo sabendo que o ensino presencial é insubstituível, é importante destacar que apesar de muitas ações terem sido tomadas de forma emergencial – para assegurar que crianças e adolescentes se mantivessem estudando –, o ensino híbrido na educação básica é uma realidade de longo prazo. Por isso, quanto antes houver planejamento, melhor será.
Os pais precisarão rever a rotina, de forma que o estudante tenha horário para começar e terminar suas atividades escolares, com um espaço apropriado para acompanhar o conteúdo síncrono e assíncrono.
O ambiente em que a criança e ou jovem utilizarão para estudar precisa ser confortável fisicamente, bem iluminado e com o mínimo de interrupções possível. As atividades extrassala precisam ser realizadas normalmente e entregues nos prazos estabelecidos com educadores e colegas.
Assim como no ensino tradicional, os pais deverão estar comprometidos com a educação dos seus filhos. Isso não significa ter de estudar o conteúdo programático para ensiná-lo aos estudantes; mas os responsáveis devem entender as estratégias propostas pela escola, para que possam estimular a aprendizagem significativa também com práticas executadas no dia a dia da casa.
3 ENSINAMENTOS PARA O SUCESSO NO ENSINO REMOTO
As escolas que já estavam mais avançadas no desenvolvimento de atividades a distância com seus alunos são uma excelente fonte de inspiração para outras instituições de ensino. Afinal, o sucesso é precedido por erros e acertos.
Assim, ao olhar para as conquistas das escolas que já incluíram o ensino híbrido no seu portfólio, é possível extrair 3 importantes ensinamentos:
- trabalhar conceitos “do it together” e “do it yourself (DIY)”;
- oferecer meios para o aluno criar conexão emocional com a aprendizagem; e
- manter parcerias que potencializam a aprendizagem significativa.
A ideia do “faça você mesmo” não tem a ver com o aluno aprender sozinho, mas, com “a capacidade do indivíduo realizar, por si mesmo, as mudanças necessárias para evoluir e se fortalecer” (Paulo Freire, 1987).
E como é isso na prática? Com o estabelecimento de um ambiente propício – e aqui, não estamos falando de espaço físico – para que estudantes possam construir suas próprias ideias e se entender como agentes de transformação de si e de seu entorno. É por isso que a evolução do modelo DIY foi muito bem-vinda para o “do it together”.
Para isso, os estudantes são estimulados a buscar seu propósito, investigar, refletir e criar soluções criativas e colaborativas para seus próprios projetos. O motivo, claro, é fazê-los colocar a mão na massa e se perceberem como os protagonistas da história. É assim que se cria a conexão emocional com a aprendizagem.
Assim, os docentes precisam ser amparados e ter acompanhamento pedagógico que lhes permita navegar por atividades interdisciplinares e transdisciplinares, que desenvolvam a liberdade autoral do estudante na criação de projetos e resolução de problemas que lhe são pertinentes.
Uma das formas das instituições educacionais passarem com maior segurança por esse período em que foram forçadas a implantar o ensino remoto é implementar metodologias pedagógicas de ensino híbrido, que servem tanto para aulas presenciais quanto à distância.
Acreditando nisso, nós da Little Maker levamos este conceito para as escolas, e agora, também para as casas de todo o Brasil através das versões Híbrido e EAD de todos os nossos programas. Por meio de uma metodologia exclusiva e totalmente flexível, as escolas conseguem ter maior engajamento e retenção de alunos. Somos educadores que acreditam no despertar do aluno para o prazer em aprender.
Os planos de aula, plataforma digital e formação viabilizam uma ampla flexibilidade de aplicação, tanto nos formatos presencial, EAD e híbrido, quanto no uso de materiais e tecnologias, proporcionando o trabalho em equipe, a conexão afetiva entre a criança e o conhecimento e uma aprendizagem significativa.
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